terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sem sentido.

As palavras estão presas na minha alma, eu tento cuspi-las, vomitá-las
Mas elas trepidam, se recusam expressar a dor de não sentir nada
O nada que persiste em todas as fases
As fases que me transpassam a carne sem deixar cicatrizes

Devo ter células revestidas por ferro
Ou cicatrizes esquizofrênicas, dessas que fingem não existir
Para que eu possa existir em mim...
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Se fácil fosse...

Venho dizer-te que não é fácil
Não é fácil ultrapassar as barreiras de um coração virgem
Virgem de dor
Virgem de calor
Virgem de amor
Ele guarda assim como a donzela
As mazelas do querer e temer
Guarda os sonhos dos contos de fada
Assim como as certezas de que o pra sempre também acaba
Mas digo que desbrave
E resgate o tesouro que se esconde com tanto zelo
Se és capaz não sei
Se quero
Não o sei
Apenas anseio que esse frio acabe
Para o calor derreter as calotas desse ego
Que finge não querer
Que de tanto querer
Perdeu o poder de fabular alegrias
É...
Não vai ser fácil
Mas se fácil fosse
Já o teriam roubado
Ou mesmo sido entregue em troca de felicidades instantâneas
Suspiros frívolos e falsas magias
Desista se quiser
Combates podem não te agradar
Mas se recompensas te interessam
Fique
Lute
Encontre
E quem sabe terás um tesouro para chamar de seu...
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Tô gay =p

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Melevabrisa.

Incrível como pessoas entram e saem de nossas vidas tão repentinamente
Incrível como sentimentos e desejos fluem em uma desordem leviana
Gosto de desordens
Gosto de inconstâncias
Gosto de acasos
Gosto de mudar
Reinventar...
Admito que tenho medo
Medo de um dia essa desordem não ser conveniente
Medo de a inconstância me tirar coisas das quais não quero perder
Mas gosto desse medo, me instiga, me excita
E quando não o sinto fico até perdida
O que não deixa de ser bom, assim não preciso fazer escolhas
Pois pra quem tá perdido, qualquer lugar serve...
Qualquer lugar frio ou quente
Qualquer tu
Qualquer ele
Não tenho pressa em me encontrar
Mas sinto que isso tá perto
Sinto uma brisa desconhecida se aproximar
Sinto que ela pode me levar pra onde nunca estive
Quero me aventurar, então brisa
Não me faça perguntas tolas
Não me faça escolher nada
Apenas me leve...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Curvas incertas.

Tenho saudade sabe, da reciprocidade, daquela correspondência mútua e harmoniosa que senti.
Sim, sentimos juntos ouvi teu coração acelerar, senti tua respiração aumentar.
Seguimos abraçados ao som daquela música, me esqueci do resto, não lembrei da trincheira que nos separava, pois nesse momento eu fui ao céu falei com os querubins e pedi, pedi que a música não acabasse mais, pedi que transportassemos dali, pois só o dois importava, embora o três atormentasse, eu quis não me importar.
Me importei, despenquei do céu e levei um tapa da razão, doeu, quis chorar, quis gritar, mas não pude...
Fui assim arrancada dos teus braços
Fui assim lançada ao certo e racional
Fingi felicidades, fingi beijos, fingi abraços
Mas ei de te encontrar naquela curva, aquela na qual de encontrei pela primeira vez
E então seremos só o dois
Sigo suave
Te encontro lá
Caso não cheguemos juntos não poderei esperar, mas seguirei sempre ansiosa pela próxima, e sim, com esperança, muita eperança no caminhar.
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-chorameliga, baby =*

sábado, 12 de setembro de 2009


Andando sem futuro
Arrastando-me pelas ruas do vazio profundo
Humores felizes não me acalentam mais
Táticas de fugas frustradas são tão normais
Até meus paradoxos perderam o significado...
Eles que sempre foram meu porto seguro
A casa dos pais
O melhor amigo...

Perder o que nunca se teve
Amar o desconhecido que nunca vou conhecer
Ser o que não quero...
E sou

Sem desespero aparente
A inércia do meu corpo grita
Mas o som não é ouvido
Nunca é...

Então não sorria por conveniência
Não me olhe com desejos vãos
Não me leve pela estrada de vidros
Não me abandone na contramão
É preferível que me deixe aqui

Não sei sofrer
Não sei perder
Por isso prefiro não ter

Prefiro não ter...

sábado, 22 de agosto de 2009

Plenitude Azul.


Olhando para um céu azul de verão percebi que faltava algo em toda aquela extensão,

sim, eram as nuvens...
Aquelas branquinhas e desenhadas nuvens
Mesmo com todo o azul límpido e hipnotizante de um céu de verão, sem nuvens,torna-se incompleto.

Mas o incompleto existe?
Por que as pessoas insistem em dizer que são incompletas?
Que falta-lhes a "costela", a "tampa da panela" ou pior : a "metade da laranja"
(beeeeeeergh)

Tenho conceitos de plenitude diferenciados, pois existem motivos e respostas para quase tudo.
O céu sem nuvens pode indicar que essas atrapalhavam a visualização completa do imenso azul, pois muita das vezes elas roubam a cena...
Sim, o céu tem direito de um dia só dele, o dia do seu azul pleno.

As nuvens são assim, vem e vão...
Enganam-nos com suas delineações falsas
Com seus desenhos, sua formas...
Não as culpo, afinal, cada um vê o que imagina
Elas não possuem formas definidas
Nós a definimos.

Então, a culpa é tua!

Não culpe as nuvens.
Elas mostram o que teus olhos querem ver... nada mais

nada mais...

Meu céu é azul...
As nuvens?
Não, no meu céu não há nuvens
Meus olhos transpassam seus desenhos falsários e fixam-se no azul.

Apenas o azul me interessa.


sexta-feira, 7 de agosto de 2009





"Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra."(Caio Fernando Abreu)

Alma especial?

Alma deserta?

Não importa, pois insistimos em reconhecer a alma deserta, afinal, se te encontras em um deserto de almas desertas, por que haverias de ser especial?
No meu deserto não reconheço, não procuro, também não encontro...
Sabe o motivo?
Não estamos aqui para procurar, pois as "especiais" só tornam-se tais quando encontram ou são encontradas por aquela que cansou do deserto...
O bom?
Não estamos aqui para procurar, mas procuramos (mesmo que inconscientemente).
Creio que seja a maior e mais árdua das procuras
Enganamos-nos pensando que saímos do deserto, mas passamos o maior tempo de nossas vidas nele, alguns nunca saberão como é estar fora desse lugar sem água, sem doces, sem cobertores, sem amores...

Não quero meu sempre aqui, sei que tu também não...
Por isso também finjo, me engano...
Mas não, não me torturo, até gosto daqui
As vezes faz frio
Mas o sol vem pela manhã
Sabe a verdade?
Não conheço quem tenha saído para sempre, já que esse sempre acaba.

Apenas fazemos uma, duas ou diversas fugas, algumas duram pouco e outras muito...
Tempo, esse, o mais cretino dos relativismos
Com ele percebemos que nunca saímos do deserto, apenas fazemos pequenas fugas
Pequenas, grandiosas, felizes ou amargamente desventuradas

Sabe de uma coisa?
Sou péssima em fugas

Fico
Espero

Me resgate se quiser, sou assim nem aí
Sou aí quando to afim...



Mas hoje está quente
é, hoje o cobertor não me fará falta alguma...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

As vezes.

As vezes ela escolhe a certeza, eu a inconstância do acaso
As vezes ela pensa demais, eu corro e me jogo de olhos fechados
As vezes ela realiza, eu sonho
As vezes ela encontra, eu me perco procurando
As vezes ela pensa que sabe
Mas eu sei, sei que ela não sabe de nada...
Essa é minha única certeza

Ela não sabe de nada...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

É Verão!


Férias, sol, praia e corpos desnudos desfilando na areia, alguns belos de serem vistos, outros que nos causam até constrangimento, mas o sol nasce para todos não?
Essa época do ano é bem interessante, pois acontecem coisas das quais lembramos o ano inteiro, ainda lembro do verão passado, e tu? Tenho certeza que sim. Afinal o que pode tornar as férias de Julho inesquecíveis? Mas de boas recordações, pois o que vemos de imprudência e irresponsabilidade humana nos lugares não é nada divertido, bêbados dirigindo loucamente, crianças perdidas quando não afogadas nas praias por displicência dos pais, que provavelmente se encontram alcoolizados demais para compartilhar bons momentos com os filhos, acidentes na estrada, assaltos, brigas idiotas por motivos banais, um barulho ensurdecedor do som de carros competindo por atenção (personificando, pois quem busca atenção são os babacas do volante), e tudo isso misturado a momentos incríveis ao lado de pessoas que amamos, entrelaçado aquele pôr-do-sol hipnotizante, ou aos beijos apaixonados nos amores que acabam junto com o verão (e não contigo), sorrisos, fotos descoladas, festas, brincadeiras... tudo inicia com o ritual pré-viagem, pois ai já começamos a idealizar o verão mais inesquecível de todos.
Enfim, obvio que sempre esperamos o melhor, então, te desejo sol, praia, corpos bonitos (sarados de preferência), musica de qualidade (se tocar aquelas diarréias auditivas enche a cara que tudo fica lindo, isso também vale caso não encontres os corpos bonitos e sarados), muita cerveja gelada, espetinho de queijo (quando passa ninguém resiste), fotos lindas, beijos apaixonados, amores repentinos e o principal de tudo: a companhia, essa sim faz valer, seja da tua família, namorado (a) ou dos amigos pirados que todos tem, mas cuidado para não fazer a escolha errada, ela pode acabar literalmente com o sonho das férias perfeita.
No mais, muita curtição (sexo só com camisinha), (se beber não dirija) e todas as propagandas clichês que sabemos, mas apenas 2% lembra na hora da empolgação...enfim, Boas Férias! E não esqueça: REIVENTE-SE bastante, não apenas nesse verão, mas sempre!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Reinventar.

Fazendo jus ao nome do blogger, a primeira postagem será sobre as Reinventações (familiarizem-se com os neologismos, pois será uma constante aqui). Reinventar: verbo transitivo direto, inventar outra vez. Particularmente essa última frase é música aos meus ouvidos, pois o que seria de nós se não pudéssemos mudar, quebrar promessas ou violar regras? Simplesmente a vida seria uma estática imutável (muito sem graça, diga-se de passagem). Transgredir, desejar incontrolávelmente algo e depois se enjoar e dizer ”não, não quero mais”, o problema é que as pessoas têm medo do desconhecido, possuem a vontade latente de mudar de posição ou opinião, mas temem, pelo simples fato do medo, esse que pode ser do julgamento alheio: vizinho, família, amigos, e o pior de todos: o julgamento pessoal, esse sim é o mais cruel, e o primeiro a ser ferido dependendo do assunto, mas sem especificações. Reinventar é uma das praticas mais ativas na vida desta que vos fala, pois o medo existe sim, e continuara existindo, mas nunca permita que ele seja maior que tua vontade de ser feliz, de fazer aquilo que te faz bem, mesmo que seja por prazeres momentâneos, acredite: mais vale um prazer consumido pela ação satisfatória, que a vontade reprimida pelo medo.
Já diz a música “não se reprima”, pode parecer tosco escrever isso, mas não para mim, toda letra de música possui um significado cotidiano que pode ser usado por ti, repito: “NÃO SE REPRIMA!”, quebre teus próprios planos se eles não o satisfazem mais, seja o que tu quiseres, viva! Reinvente tuas escolhas, reinvente-se todos os dias.